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Qual a diferença entre redespacho, redespacho intermediário e subcontratação?

Outra dúvida comum é sobre a diferença entre os diferentes tipos de redespacho e ainda a subcontratação. Em todo caso, é importante conhecer as características de cada serviço antes de fechar negócio e investir nessa atividade.

Redespacho

Como explicado anteriormente, o redespacho é feito por uma transportadora que necessita contratar outra empresa para finalizar a entrega do produto.

Redespacho intermediário

Já o redespacho intermediário, comum em rotas de longa distância, ocorre quando uma terceira companhia é envolvida nessa operação. Assim, mais de duas transportadoras são acionadas para dar continuidade ao transporte e finalizar a entrega do item ao destinatário.

Subcontratação

ocorre em casos de frota reduzida ou demanda superior à capacidade de operação da empresa. Nesse sentido, a transportadora contrata outra empresa, que realiza o transporte completo, desde a origem até o ponto de entrega.

Quais são as vantagens do redespacho?

Muitas pessoas se perguntam sobre a importância do redespacho e o motivo pelo qual vale a pena implementar o procedimento na instituição. Na verdade, essa operação é uma das mais importantes para o ramo de transportes, impactando o crescimento econômico e reduzindo os custos com o setor logístico. Veja, a seguir, quais são as vantagens do redespacho para a empresa.

Maior número de entregas

Um dos benefícios associados ao redespacho é o aumento do número de demandas. Isso ocorre porque, ao contratar uma segunda empresa para transportar a carga de um ponto específico até o cliente final, a transportadora otimiza os prazos com a operação logística, o que agiliza as entregas.

Redução de custos

O redespacho também contribui para a redução de custos com a operação. O motivo é que envolver mais de uma transportadora na entrega das encomendas reduz os gastos com manutenção dos veículos e contribui para economizar combustível ao longo do trajeto.

Competitividade no mercado

O redespacho é uma processo que implica em crescimento e produtividade na empresa. Pois, ela  consegue expandir as operações, aumentando a satisfação dos clientes e ampliando a competitividade no mercado em que atua.

Escopo Expandido

Este tipo de frete permite que as empresas transportadoras alcancem destinos que estão além da sua área de operação direta. Isso é particularmente útil em países grandes ou em áreas onde um transportador não possui cobertura total.

Especialização Regional

Diferentes transportadores podem especializar-se em diferentes regiões ou tipos de carga. O redespacho permite que cada segmento do transporte seja gerenciado por um especialista, potencialmente aumentando a eficiência e segurança da entrega.

Flexibilidade Operacional

O redespacho oferece maior flexibilidade operacional, permitindo que as empresas de logística ajustem suas rotas com base na disponibilidade, demanda e condições de mercado.

Minimização de Riscos

Ao dividir o trajeto entre diferentes transportadores, o redespacho pode ajudar a minimizar riscos associados a atrasos, danos à carga ou falhas operacionais, uma vez que a responsabilidade é compartilhada e pode ser gerenciada mais localmente.

Melhor Utilização de Recursos

O redespacho permite que os transportadores utilizem melhor seus veículos, mantendo-os em rotas otimizadas dentro de suas áreas principais de atuação, o que pode resultar em uma gestão mais eficiente da frota.

Continuidade em Caso de Interrupções

Se um transportador enfrenta problemas, como falhas mecânicas ou problemas na rota, outro transportador pode assumir a carga sem maiores complicações, garantindo a continuidade do serviço.

Qual é a documentação necessária para realizar o redespacho?

Para realizar o redespacho de maneira eficaz e conforme as regulamentações legais, é essencial que toda a documentação necessária seja corretamente emitida e gerenciada. Aqui estão os principais documentos que são normalmente requeridos no processo de redespacho de mercadorias:

• Nota Fiscal: Acompanha a mercadoria desde a origem até o destino final. Ela é crucial para comprovar a propriedade e a natureza dos bens transportados, além de ser necessária para a fiscalização tributária.
• Conhecimento de Transporte Eletrônico (CTe): É o documento fiscal mais importante no transporte de cargas. Ele registra a transferência de cargas entre os transportadores e é essencial para documentar o serviço de transporte. Existem dois tipos de CTes emitidos neste tipo de transporte:
  • CTe de Redespacho: utilizado quando uma transportadora contrata outra para realizar o transporte. Para emitir este tipo de documento a empresa precisa do conhecimento de transporte emitido pela empresa que a contratou, ou que fez a primeira parte do transporte;
  • CTe de Redespacho intermediário: é emitido quando ocorre mais de um redespacho durante o transporte. Ou seja, a mercadoria é redespachada e outra empresa de transporte assume parte do trecho antes do destino final.
• Manifesto Eletrônico de Documentos Fiscais (MDF-e): Este documento é utilizado para vincular os documentos fiscais transportados na carga, como os CT-es, ao veículo e aos motoristas que estão realizando o transporte. O MDF-e é fundamental para a fiscalização durante o transporte rodoviário de cargas.

A correta emissão e gestão desses documentos são cruciais não só para cumprir com os requisitos legais, mas também para garantir a rastreabilidade, a segurança da carga e a eficiência no processo de redespacho. Se você deseja saber mais sobre estes documentos, assista o vídeo abaixo:

Quem emite o CT-e (Conhecimento de Transporte Eletrônico) no redespacho?

Cada transportador envolvido na entrega emite o CT-e para a etapa de entrega que está realizando, é cada um destes documentos deverá ter a modalidade específica para o tipo de transporte realizado. Por exemplo, o transportador que estiver realizando o redespacho intermediário deverá emitir um CTe específico para esta operação.

Quais são os envolvidos no CTe em caso de redespacho?

Além do remetente e do destinatário comuns em operações convencionais, o CT-e de redespacho e de subcontratação tem outos envolvidos, confira abaixo:

• Remetente: é o local de partida da mercadoria, geralmente o vendedor da mesma. O endereço desta pessoa é o local de inicio da viagem;
• Destinatário: é para quem se destina a mercadoria, o ponto final da entrega;
• Recebedor: é responsável pelo recebimento da mercadoria, não necessariamente o destinatário final. Em CTes em que os produtos será transportada por outras transportadoras depois, coloca-se o nome desta transportadora como recebedor;
• Expedidor: responsável por coletar a carga, mas não é necessariamente o remetente.

Como informar redespacho na nota fiscal

Alguns sistemas já trazem campos específicos para preenchimento destas informações, mas elas também podem ser informadas nas observações da Nota Fiscal. É interessante colocar os dados da empresa contratada para efetuar este trecho do transporte.

O que significa mercadoria redespachada?

Nada mais é do que a mercadoria que passou por mais de uma transportadora antes de chegar ao seu destino de entrega.

Com este artigo, você pôde entender o que é e como funciona o redespacho, uma prática cada vez mais comum entre as empresas de transporte hoje em dia. No entanto, antes de apostar nessa operação, é aconselhável verificar as informações no CTe, analisar o tempo de entrega e calcular o custo do frete até o ponto de transferência da encomenda.